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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Alunos da Rede Municipal de Ensino comemoram Dia Mundial da Água e 131º Aniversário de Santo Antônio do Jardim



 No último dia 22, quinta-feira, foi comemorado o Dia Mundial da Água, e, na última segunda-feira, 26, comemorou-se o 131º aniversário de Santo Antônio do Jardim.
As escolas municipais de Santo Antônio do Jardim aproveitaram estes dias para conscientização, exposição e apresentação aberta ao público.
A EMEI “Profª Magdalena Duarte Teixeira Ormastroni” realizou uma exposição, com materiais recicláveis, confeccionados pelos pais dos alunos, usando muita criatividade e capricho. Também expuseram cartazes, confeccionados pelos alunos, com o auxílio das professoras, onde puderam compreender a importância da água em nossas vidas e a conscientização para o seu uso correto, evitando o desperdício. Os alunos ainda apresentaram a música “Como pode um peixe vivo viver fora da água fria” para os visitantes, que se encantaram o show das talentosas crianças.
No NAC “Profª Leocádia Sobolewska Namén” estes temas também foram muito bem trabalhados, em todas as turmas.
As turmas dos Pré I fizeram trabalhos envolvendo família, escola e comunidade, com o tema “torneira pingando, dinheiro gastando!”, onde os pais interpretaram frases referentes ao desperdício da água e maneiras para a sua economia, através de desenhos e confecções de cartazes, que foram colados nos pontos comerciais da cidade.
Os alunos dos Pré II vivenciaram o tema água na prática, através da experiência “fazendo chupa-chupa”, através da qual comprovaram a mudança da água de estado líquido para o sólido, saborearam ovinhos de codorna e puderam visualizar a ebulição da água. Encerraram o projeto com a dança “Planeta Água”. Já em comemoração aos 131 anos do município, as crianças também apresentaram o Hino de Santo Antônio do Jardim.
As salas dos 1º anos realizaram uma visita a Sabesp, onde puderam observar o tratamento da água na cidade e a conscientização da importância da qualidade dela para a nossa saúde.
Em sala de aula, realizou-se a confecção de livrinhos educativos, relacionados ao consumo correto da água. Trabalhando as tradições culturais, os alunos apresentaram o “Boi Laranja”, confeccionado com diferentes materiais, como, por exemplo, argila, legumes e materiais recicláveis, contando com a participação da família.
E, para finalizar o projeto, os alunos dos 1ºs anos apresentaram poesias, músicas e a dança do “Boi Laranja”.


Evento na Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos inicia comemorações pelo Dia Mundial da Água


Engº Amb. Thiago Krauss, Sec. Adj. Rogério Menezes, Prefeito Luiz Claudio e Sec. Edson Giriboni

O prefeito Luiz Claudio Trincha e o Engenheiro Ambiental Thiago Krauss estiveram em São Paulo, no último dia 20, terça-feira, para o evento “Fundo Estadual de Recursos Hídricos - Preservando as Águas de São Paulo”, realizado pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo em comemoração à Semana da Água.
Estiveram presentes o Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos Edson Giriboni e o adjunto Rogério Menezes; a Secretária Estadual de Agricultura e Abastecimento Mônica Bergamaski; o Secretário Municipal de Segurança Urbana Edson Ortega - que representou o Prefeito Gilberto Kassab; o Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente Eduardo Jorge; além da Vice Cônsul da Espanha, Cristina Aguilar Gimenez; do Coordenador Estadual de Recursos Hídricos, Walter Testch e do Prefeito de Vargem Grande do Sul, Amarildo Duzzi de Moraes, representando as dez cidades e outras entidades contempladas com a assinatura de contratos do Fehidro, para ações que visam a preservação dos mananciais do Estado.
O Secretário Edson Giriboni explicou que, para realizar todo o trabalho necessário com este objetivo, o projeto total está orçado em R$ 5 milhões e, este recurso destinado através do Fehidro, representa uma pequena parte dos investimentos a serem feitos. Destacou ainda que o município depende de recursos dos governos federal e estadual, para realizar todos os trabalhos.
O Fehidro é destinado à elaboração de projetos e à execução de obras e serviços do “Plano Estadual de Recursos Hídricos”. Nesta ocasião, 10 cidades foram contempladas: Mogi Guaçu (R$ 86.967,20), Vargem Grande do Sul (R$ 314.789,13), Itobi (R$ 81.156,56), Jaguariúna (R$ 104.543,60), Monte Mor (R$ 110.107,50), Palestina (R$ 201.559,49), Alfredo Marcondes (R$ 104.500,00), Luiziania (R$ 131.230,12), Rinópolis (R$ 110.514,00) e Rio Claro (R$ 1.639.027,55).
No evento também ocorreu o lançamento do “Relatório de Situação dos Recursos Hídricos”, que reúne informações sobre as 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (UGRHIs), ano base de 2009. O material traz indicadores para cada uma das 7 regiões hidrográficas, abordando suas características gerais, dinâmica demográfica e social, disponibilidade e demanda dos recursos hídricos, saneamento, resíduos e qualidade das águas.
O secretário Edson Giriboni ainda destacou a importância do Fehidro: “o fundo é um instrumento democrático, no qual a participação das prefeituras e da sociedade civil é peça essencial para sua eficiência, e é uma das razões que fazem o Estado de São Paulo estar bem à frente do resto do País na gestão dos recursos hídricos”, concluiu.

Prefeito Luiz Claudio, Sec. Mônica Bergamaschi e Engº Amb. Thiago Krauss 

Escolas Municipais e EE “Bairro Jaguari” recebem Polícia Ambiental



No dia 07 de março, dentro do Projeto Meio Ambiente, trabalhado o ano todo pela comunidade escolar jardinense, as escolas do município receberam a visita dos Soldados Vagner Zanetti e Rodrigo Souza - do 5° Pelotão da Polícia Militar Ambiental, com sede em São João da Boa Vista - que puderam, durante algumas horas, conscientizar os alunos quanto a importância da nossa fauna e flora, e falar um pouco das atividades desenvolvidas pela PM Ambiental na região.
Através de vídeos, mostraram os prejuízos causados pelo homem, como poluição, desperdício de água, animais em extinção, desmatamento, caça e apreensão de animais (cativeiros).
É um trabalho de educação ambiental, desenvolvendo, nos pequenos cidadãos, conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente, em atividades que se juntam ao trabalho do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Jardim, através do engenheiro ambiental Thiago Krauss, que apoia o Departamento de Educação em todos os projetos propostos.
O Projeto de Educação Ambiental “Faça do Nosso Meio um Ambiente por Inteiro”, do 5° Pelotão, faz parte das atividades promovidas pela Polícia Militar Ambiental, e conta com a cobertura de 14 municípios da região, sendo direcionado aos alunos das redes municipal e estadual.
A Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Jardim, através do Departamento de Educação e Departamento de Agricultura e Meio Ambiente, agradece ao trabalho do 5º Pelotão da Polícia Militar Ambiental, comandado pelo 1º Tenente PM Aicart, que todos os anos vem enriquecendo o conhecimento das crianças e jovens jardinenses através deste projeto.

Santo Antônio do Jardim é destaque em artigo do “Estadão”


Com a aproximação de seu 131º aniversário, comemorado na última segunda-feira, 26, Santo Antônio do Jardim recebeu um “presente antecipado”. No dia 20 de março, o município foi destaque em artigo do ex-secretário da Agricultura e do Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, publicado no jornal “O Estado de São Paulo” (veja abaixo a íntegra do artigo).
No texto, Graziano cita a mobilização dos municípios com a causa ambiental, principalmente no que diz respeito aos recursos hídricos, mencionando a premiação do Pacto das Águas, como conquista a que se deve “tirar o chapéu”, em alusão às práticas de recuperação e conservação executadas pelos municípios que conquistaram o Prêmio.
É mais um lisonjeiro e importantíssimo reconhecimento ao destaque que Santo Antônio do Jardim vem alcançando em âmbito regional, estadual e até mesmo nacional, nas mais diversas áreas em que o desenvolvimento e o progresso são promovidos pela atual administração pública, em suas muitas formas de trabalho pelo bem do povo jardinense

 Agenda azul

O 6.º Fórum Mundial da Água, realizado de 12 a 17 deste mês em Marselha (França), não deixou margem para dúvidas: ou se investe decididamente na proteção dos recursos hídricos do planeta ou a civilização humana padecerá de terrível escassez. Que já se manifesta.
Relatório da ONU apresentado no encontro aponta a irrigação agrícola como séria questão a ser enfrentada. Primeiro, porque tal técnica demanda muita água, cerca de 70% do total; segundo, dada a dramática necessidade de alimentar uma população que deverá atingir 9 bilhões de pessoas em 2050. Conforme as revisadas, e mais precisas, estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção de comida precisa crescer 60% nesse período, e isso só parece possível aumentando as áreas irrigadas no campo.
Resultado: vai aumentar a necessidade de água para as lavouras, em especial nos áridos países do Oriente Médio, que, aliás, importam cada vez mais alimentos. Mudanças climáticas devem alterar o padrão das chuvas, causando secas mais prolongadas e derretimento de geleiras. Tudo conspira contra o abastecimento. Estudos indicam que sem decididas políticas de manejo de água 40% da população mundial viverá em áreas de alto estresse hídrico até 2050.
Estimativas de longo prazo, claro, sempre carregam muita incerteza. A terrível seca, porém, que afetou, em 2011, as grandes planícies norte-americanas, prejudicando a irrigação e restringindo a água para consumo humano, pareceu um aviso recente dos céus. No Brasil, novamente o fenômeno climático La Niña provocou forte estiagem, derrubando a safra e arrancando os cabelos dos agricultores sulinos. Dentre as dúvidas, uma certeza: preservar os mananciais d'água será estratégico nas políticas sustentáveis do futuro.
A situação anda preocupante. Cerca de 25% das áreas agrícolas mundiais se degradam, de forma mais ou menos severa, em decorrência da má, e intensiva, agricultura. Esta depaupera os recursos hídricos, reduz a fertilidade dos solos, aumenta a erosão. A contínua irrigação tem levado à salinização dos solos em certos locais, fazendo decair a produtividade agrícola. Lençóis freáticos, bombeados para a superfície, aprofundam-se, prejudicando o enraizamento das plantas; o desmatamento e os ventos causam desertificação. Na Espanha, na Austrália, nos Estados Unidos, na África, por onde se procura se percebem ameaças à segurança alimentar.
Olhos enviesados atribuem à agricultura o papel de vilã na equação mundial da água. Algo injusto. Acontece que, mesmo gastadora, a prática da irrigação rural pouco compromete a qualidade da água, exceto quando esta se contamina com resíduos de agrotóxicos persistentes, comuns no passado, mas pouco utilizados hoje em dia. Depois de regar as plantas, via aspersão ou gotejamento, o precioso líquido se percola pelas entranhas da terra, corre para os riachos ou se evapora, cumprindo o ciclo natural da água.
No uso urbano, ao contrário, o abastecimento das residências polui organicamente as águas nos vasos sanitários, na pia da cozinha e na lavanderia ela se mistura ainda com detergentes e saponáceos. Já nas unidades industriais, as águas utilizadas contaminam-se com solventes e demais produtos químicos, que lhes roubam a vida. Nas cidades, que ninguém duvide, a demanda e a poluição são tremendas.
O Fórum Mundial da Água de 2012 contou, entre as 180 delegações participantes, com a presença de uma orgulhosa comitiva paulista. Ela representava o bem-sucedido Pacto das Águas São Paulo, um programa que nasceu há três anos às margens do Rio Jacaré-Pepira, no município de Bocaina. Ali, tendo à frente o então governador José Serra, centenas de prefeitos e outras autoridades municipais se comprometeram a aderir ao Consenso das Águas de Istambul (Turquia), documento histórico que define tarefas na gestão descentralizada dos recursos hídricos.
Esse azulado movimento ambientalista, organizado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado (www.ambiente.sp.gov.br/pactodasaguas), cresceu sem parar, ultrapassando as expectativas iniciais. Dentre os 1.070 signatários, oriundos de 49 países, do Consenso das Águas de Istambul, 595 adesões originam-se nos municípios paulistas. Notável. O Pacto das Águas São Paulo configura o maior programa já realizado no Brasil em defesa dos recursos hídricos, com foco na gestão local, dentro das bacias hidrográficas. Lição de casa bem feita.
Em fins do ano passado, o governo paulista promoveu uma avaliação do desempenho dos municípios, premiando os primeiros colocados. Entre os de maior população, 94 municípios cumpriram as metas estabelecidas no programa em defesa das águas, capitaneados por Sorocaba, Tupã, Paulínia, Itapira e Batatais. Já entre os pequenos municípios, abaixo de 20 mil habitantes, 135 deles mostraram os melhores resultados, liderados por Regente Feijó, Bilac, Bocaina, Lindoia e Santo Antônio do Jardim. Podem tirar o chapéu para eles.
Por todo o Estado de São Paulo corredores ecológicos se formam sinuosamente, acompanhando os córregos. A recuperação dessa mata, chamada ciliar, como se os olhos abrigassem, garante a plena função ambiental da biodiversidade, promovendo a junção do verde (vegetação) com o azul (água). Na beirada dos riachos, no entorno das nascentes, ao redor dos lagos, nessas paragens a vida selvagem floresce, a natureza torna-se exuberante. Água é vida.
No dia 22 de março se comemora o Dia Mundial da Água. Mais do que discursos, gestos de simpatia e lembranças nos bancos escolares, esperam-se ações concretas - coletivas e individuais - em defesa da agenda azul.
Água potável, mundo sadio.
* Xico Graziano, Agrônomo, foi secretário de Agricultura e secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. E-mail: xicograziano@terra.com.br
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